quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Pés para cima!!!

Como estou no auge da preguiça vou postar somente fotos... elas dizem tudo...



Hoje em Bata. Amanhã... rumo à Malabo.

Malas pronta!!! Enfim férias...

"Mais uma vez eu vou te deixar
Mas eu volto logo pra te ver
Vou com saudades no meu coração
Mando notícias de algum lugar..."

 
  Vamos dizer um até breve.
  Me despeço das responsabilidades e da África, abrindo os braços (e espaço) para o divertimento, o turismo, o lazer e o amor que vou encontrar em Lisboa, Barcelona e Madrid.
  15 dias perambulando, provando comidas, visitando museus, tomando muita cerveja diferente e vinhos desconhceidos (para mim), tirando muita foto e escrevendo poesias (se eu conseguir).
  Vou pagar o preço de não ir para o Brasil, de adiar algumas resoluções para alguns problemas, não rever amigos, a família, não ir a lugares que amo, e não matar a saudade de algumas coisas pequenas e minhas... mas nem tudo está perdido o Du está vindo me encontrar e estou confiante que vai ser uma viagem maravilhosa.
  Bora?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Preto, branco e vários tons de cinza

  Preto, cor desprovida de clareza, mistura de todos os pigmentos, a mais escura do espectro. Há quem diga que preto não é uma cor, mas a ausência delas, a representação do nada...da ausência... a morte.
  Branco, cor de clareza máxima, a cor da luz, da ordem e da limpeza. Em algumas partes da cultura oriental pode representar tristeza e até luto.
  Estranho achar a mesma definição para duas cores opostas: junção de todas as cores ou ausência de cor... dor. A verdade é que elas se confundem e se completam.
  Mas o bacana mesmo é partilhar das duas... e suas misturas que formam vários tons de cinza... Eu acho o máximo fotos em preto e  branco. Trabalhar luz e sombra de forma poética. Detalhes que não se encontram em uma foto colorida. Minimalismo, sensações, ausência de fronteira entre passado e presente... Uma visão especial do mundo, muito mais cheia de significado, beleza e mistério.
  Mesmo as atuais... remetem alguma coisa passada, o novo sempre antigo, meio fantasiado até... Digamos clássico.... rs. E é claro, bate saudade.
  Essa sou... já faz algum tempo é verdade... O futuro ainda escuro... os cabelos muito claros.... tantos sonhos cinzas... mas muito focados...

  Ver a vida preto e branco, sem tantas cores para distrair a vista, ter uma visão mais limpa, mais simples, aproveitar mais. Ter o principal como foco. Seria bom... se fosse sempre... não sei...
  Em contrapartida as cores com toda sua complexidade, tornam as coisas mais instigantes.
  Bora viver?
Ps: Mas continuo amando as fotos em P&B.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

"A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente."

"Talvez um dia entenda o teu mistério…
Quando, inerte, na paz do cemitério,
O meu corpo matar a fome às rosas! "


  Eu amo Florbela Espanca e tudo que ela representa para mim. Sou Florbelista. Comecei a escrever lendo Florbela. Quando li seu primeiro poema me assustei, senti que aquilo era meu momento, ela contava o que eu estava vivendo, era meu sentimento que estava ali, as palavras dela fluiam de mim, como se suas palavras fossem a minha confissão contada de uma forma bonita. Ela dizia com poucas palavras o que eu não era capaz em muitas linhas.
  Florbela sempre me emociona, cada gota de tristeza e amor que escorre de seus poemas eu sorvo com ardor e sua poesia passa a fazer parte de mim. Com sua poesias de profundo lirismo e grande erotismo, vem despertando interesse de muitas pessoas, sejam jovens ou não, apaixonados ou desiludidos, pessoas muito distantes dessa poeta e que por isso mesmo se sentem tão próximos e conectados.
  Muitas pessoas se identificam com suas poesias, seja pelo sofrimento, pelo desencanto, pelo desejo, pela solidão, ou pela ternura como tudo isso é descrito. Amamos Florbela por que a sua poesia nos conforta, nos faz sentir que em algum lugar somos iguais, somos entendidos por alguém.
  Mas gostar de Florbela, não quer dizer entendê-la. Amá-la não quer dizer conhecê-la. E se identificar com o que ela escreve não é saber o que ela pensava. Ler poesias é absorver as palavras e filtrar com o nosso sentimento, é trazer para o nosso espaço algo que nos é alheio, mas similar.
  Quando você lê um texto meu ou alguma poesia minha, você vai ver o que eu escrevi para mim, o que eu vivi com a minha mãe e o que eu esperava do meu pai, o que eu extrai da convivência com as minhas amigas, as minhas dores e alegrias com os amores, meus segredos e minha transparência, vai sentir minha decepção e meus desejos, minhas angústias e esperanças, vai se cortar com a minha ansiedade, vai vislumbrar meus sonhos e devaneios, ver as coisas que eu experimentei e as que eu fantasio.
  No final você ainda vai achar que escrevi para você, por você (muitos ex-namorados acham que minhas poesias são para eles, algumas são, nem todas). Vamos tentar obter respostas e continuar com as mesmas dúvidas. Mas você vai se sentir mais confortável ou desconfortável (as pessoas que não gostam de abrir certas feridas que dizem estar cicatrizadas). Vai achar tudo de uma beleza imensa ou vai se afastar dizendo que é tudo muito triste. Mas a verdade é que depois de ler você não vai mais estar indiferente.
  Mas então a identificação de algumas pessoas com a poesia, com os textos... é tudo mera coincidência?
  Para mim não... talvez seja apenas o fato de nós seres humanos, tão diferentes, sermos tão iguais. Com tantos sentimentos, com tantas formas de demostrar, resumimos tudo numa mesma coisa, uma mesma definição para um sentimento que cada um leva consigo de uma forma distinta. Épocas tão diferentes e as mesmas angústias, as mesmas dúvidas, as mesmas carências e desejos. Acho que isso é possível pela nossa infinita contradição.

EU
Até agora eu não me conhecia,
julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.

Mas que eu não era Eu não o sabia
mesmo que o soubesse, o não dissera...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim... e não me via!

Andava a procurar-me - pobre louca!-
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!

E esta ânsia de viver, que nada acalma,
E a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!
(Florbela Espanca)

  Uma pessoa ao comentar sobre determinada poesia que escrevi me disse que se via naquela poesia, tinha os mesmos sentimentos, mas ao expressar o que aquela poesia significava para ela me fez rir um pouco, nunca pensei naquilo daquela forma, mas não a julguei, a pessoa não conhecia a história daquela poesia e nunca entenderia as metáforas que eu empreguei sem que eu lhe explicasse, e algumas vezes nem há explicação, é intuição... a gente se entrega e a poesia surge... os sentimentos se tornam palavras. E as palavras são interpretadas por quem lê (eu viajo na maionese lendo o que as pessoas escrevem, a gente tem hora que constroi uma história em cima de uma frase e complica coisas simples, esta sou eu... rs). O importante não é ter a definição do que foi pensando inicialmente, mas que a pessoa se conectou comigo, se sentiu acolhida e entendida e de alguma forma eu externei o que ela sentia naquele momento.
  Eu escrevo para mim, como forma de libertação, sendo poesias ou estes texto soltos, onde busco uma resposta, uma forma de reequilíbrio da minha razão com as emoções, os sentimentos tão intensos, que por vezes eu tento domar, outras entender, e por vezes tenho que me render a simplesmente sentir (e extravasar na escrita... sempre). Se mesmo assim, alguém consegue perceber semelhança nos pensamentos e proximidades nos meus sentimentos singulares, que assim seja. Para mim isso é identificação e não deixa de ser uma forma de aproximação.
  Por isso, se você puder se ver em algum poema meu, não se assuste. Talvez em algum lugar Florbela também ria de mim quando suspiro ao ler seus versos.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

“Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição”. (Martha Medeiros)

"Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem." Martha Medeiros
 
 
  A gente vive e aprende que é diferente. Ponto. Ninguém é igual. Que bom.
  Mas até chegar nessa fase são muitas perguntas, muitos os questionamentos e muito sofrimento para tentar ser normal, ser padrão, ser aceito.
  Depois vem a fase de achar seu grupo, de se rebelar contra o que é dito como correto de quebrar paradigmas, de “causar” (pra mim isso é coisa de quem não tem força pra encarar a vida ou é muito ingênuo) ou de aceitar as regras e começar a jogar (o que é patético). Ou perceber um equilíbrio (raro... muito raro).
  E depois??? ... cai a ficha. Não tem como escapar dos padrões. E os padrões num lugar como esse vão ficando tão pequenos que quase não cabe mais a roupa que a gente queria usar.
  Internamente a gente pode ser outra pessoa, não concordar com nada disso. O sistema pode não fazer parte de você, mas você faz parte do sistema. Você consome, mesmo que seja o mais ecologicamente correto. Você trabalha e indiretamente apoia muita coisa que nem sabe que existe, não acredita e não apoia.
  Quanto maior a sua adequação em sociedade, menor a liberdade para tomar decisões diferentes, sozinho, fora dos padrões, para viver a sua experiência.
  Quanto maior sua liberdade em viver do seu jeito, menos adequado e mais excluído você é.
  Algumas pessoas talvez te admirem, enalteçam sua coragem, mas quando o bicho pega, foi só vc que atirou a pedra companheiro.
  Com o tempo talvez você ache o padrão legal e possa ser feliz com ele.
  Trabalha e aprendeu a gostar do emprego (ou não, mas trabalha msm assim), compra roupas bacanas, seus filhos tem tudo que você não teve... você dá duro, não deseja mal para ninguém e faz suas orações, então tudo vai dar certo. Né?
  Com o tempo a gente aprende que tem limite e regra pra viver em sociedade, mas que nem todos chegam na felicidade pelo mesmo caminho e que não agredir o espaço do outro não quer dizer ser igual a ele.
  Eu já sofri muito ter opiniões tão diferentes, já sofri por não consegui me desvecilhar de algumas coisas que para mim são desnecessárias.
  Já sofri por ser mulher, por ter uma sexualidade, por ser sincera, por querer mais que uma casa e filhos para cuidar, por não ter medo de sentir, por não ter medo de escrever, por não ter medo de dizer, e sobretudo por não ter medo de mostrar o que eu sou, o que eu sinto ou o que penso de mim e dos outros, na poesia, nos textos, no blog, na vida, na cara e na lata.
  Eu tenho coisas muito próprias, eu falo coisas que as pessoas não contam (mas eu também tenho segredos), eu me exponho mais do que deveria, eu defendo pessoas que não merecem, eu critico pessoalmente (isso mata), eu falo em meu nome e muitas vezes falo sozinha, eu escrevo sobre sentimentos universais e muitas vezes sou mal interpretada. Às vezes eu queria ser diferente, para me sentir mais amada e popular, mas essa vontade só dura alguns segundos. Na maioria das vezes eu as acho as pessoas fúteis, lentas e grossas e eu agradeço por ser um pouco diferente delas. É claro que eu também adoro maquiagem, é claro que quando envolve muito dinheiro meu cérebro trava e eu me sinto burra e é claro que na hora da raiva eu posso ser uma porta. Mas eu agradeço realmente por poder me questionar e escrever (contra-resposta).
  Peço desculpas à todos que não consigo agradar e mais desculpas por que continuarei não agradando (fazer o que?). Mas as mais sinceras desculpas são para as pessoas que eu amo e que não consigo deixar de magoar. Mas é assim, que não sou perfeita. E o nosso trato é esse: A gente se ama, a gente confia, a gente erra, a gente se deculpa, a gente sofre e se acolhe. Sempre assim mutuamente e quando já não for assim que você não me procure (e me avise para eu não te procurar), por que relação unilateral não me basta, não me alimenta.
  Não sou totalmente livre e nem totalmente adequada, nem estou em equilíbrio... vivo oscilando de um lado a outro, buscando o melhor caminho em cada situação. Muitas vezes eu erro, machuco pessoas sem querer e faço coisas que não faria novamente (muitas vezes não chego a me arrepender totalmente).Ainda tenho muitos defeitos e o mais grave deles é ter perdido o medo de não ser aceita, porque eu posso simplesmente virar as costas e voltar de onde vim. Eu tenho pespectivas, eu tenho muitos sonhos e tenho pessoas esperando a minha volta. A minha libertação é saber que eu posso escolher não sofrer. 


"A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são as suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria, Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa. Ser feliz por nada talvez seja isso." Martha Medeiros

domingo, 9 de janeiro de 2011

E tudo pode piorar...

“Toda mulher, após trinta dias de felicidade sente fome e sede de desgraça. Só não irá embora se não tiver condução.” (Antônio Maria)

Hoje resolvi tomar um chá de sumiço, que por sinal está sem acúcar e bem amargo, mas não adianta fazer cara feia, tem que tampar o nariz e engolir de uma vez. Fiquei em casa, praticamente o dia todo na cama, só curtindo essa sensação horrorosa de estar no lugar errado, me sentido mais perdida e sozinha do que nunca.


TPM (tendência para murros), TPB (tensão pré-baixada), problemas no visto, mudança de contrato... a coisa não ta boa pro meu lado não... coitado do Du que tem que me aguentar. 
 
Depois de um mês de doçura saindo dos meus lábios e de distribuição gratuita de sorrisos... eis que estou trancada dentro de casa para não atacar ninguém, pois estou rosnando pro mundo com a mesma facilidade com que respiro.
 
Ainda bem que amanhã é outro dia... e que na quarta, se tudo der certo, começo a saga rumo a Lisboa.
É... vão ser longos os dias e eternas as noite até lá...

Preguiça de domingo

sábado, 8 de janeiro de 2011

O muito que se diz quando se cala...


Eu sempre amei usar reticências. Interrupção da frase, que deixa no ar aquele suspense, continuidade, hesitação, realce ??? Acho que ela sempre reflete um pensamento ou uma idéia que ainda não terminou, que ainda não se encontrou e eu estou sempre assim em transformação, acontecendo. Pode também refletir algo que quer se omitir, deixar que o leitor pense um pouco antes de continuar, pode ser apenas aquele silêncio que precede coisas difíceis de dizer, pode ser o complemento de uma frase dando mais sentido com o que não se diz, pode ser o calar, ou o algo a mais que só algumas pessoas percebem, ai pode ser tanta coisa... rs

Reticências
O Teatro Mágico
Composição: Fernando Aniteli

Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco não
Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco

Se agregar não é segregar
Se agora for, foi-se a hora
Dispensar não é não pensar
Se saciou foi-se em bora

Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco não
Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco

Se lembrar não é celebrar...
Dura é a dor quando aflora
Esquecer não é perdoar
Se consagrou sangra agora

Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco não
Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim

Tempo de dá colo, tempo de decolar
Tempo de dá colo, tempo de decolar
O que há é o que é e o que será
Tempo de dá colo, tempo de decolar
Tempo de dá colo, tempo de decolar
O que há é o que é e o que será

Reciclar a palavra, o telhado e o porão...
Reinventar tantas outras notas musicais...
Escrever o pretexto, o prefácio e o refrão...
Ser essência... muito mais...
Ser essência... muito mais...
A porta aberta, o porto acaso, o caos, o cais...

Se lembrar de celebrar muito mais...
Se lembrar de celebrar muito mais...
Se lembrar de celebrar muito mais...

Tá certo que o nosso mal jeito foi
Vital pra dispensar o nosso bom
O nosso som pausou
E por tanta exposiçao a disposiçao cansou
Secou da fonte da paciencia
E nossa excelencia ficou la fora

Soluçao é a solidão de nós
Deixa eu me livrar das minhas marcas
Deixa eu me lembrar de criar asas
Deixa que esse veraão eu faço só
Deixa que esse verão eu faço só
Deixa que nesse verão eu faço sol

Só me resta agora acreditar
Que esse encontro que se deu
Não nos traduziu o melhor
A conta da saudade quem é que paga
Já que estamos brigados de nada
Já que estamos fincados em dor

Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena nao ter pressa pra passar
Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena nao ter pressa pra passar

Cabô...

Será mesmo?...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

APRENDA A SER FELIZ SOZINHA!!!

"O pavor da solidão é maior que o medo da escravidão: assim, nos casamos". ( Cyril Connolly )


Não, eu não estou dizendo para você não se casar, e nem estou dizendo que eu não o farei. Nem estou falando que você precisa ou não precisa de alguém para ser feliz. Cada pessoa faz a sua opção e o importante é que se sinta feliz e em paz. O fato é que de uns tempos para cá tenho ouvido muitas amigas reclamarem da falta de alguém, da idade chegando, do casamento que não sai, do príncipe que não aparece, do filho que não acontece... por ai vai. Mulheres bem sucedidas, com estudo, boa eduacação, bonitas e sozinhas. Tudo para ser feliz... mas vivendo com sentimendo de vazio e dispostas a entrar em qualquer roubada para espantar a solidão ou entrando em relações que as anulam completamente.


Também tenho as mesmas preocupações, mesmo estando com uma pessoa maravilhosa. Mas a estabilidade tm que vir da gente. Estar com alguém não dá status de segurança. Ninguém pertence à ninguém. As pessoas se unem para se fazerem bem. O fato é que a gente procura problema e depois reclama da sorte. Passamos a viver do outro e para o outro. Então... ou a gente vira aquelas mulheres que não sabem mais nada do que ta acontecendo no mundo (é!!! aquelas inumeras alienadas que vc conhece que só sabe falar de marca de roupa e carro, e claro a vida dos vizinhos intimamente #pronto falei#) ou aquelas malucas que topam qualquer parada para pegar e segurar o gatinho (eu já presenciei cada cena...). Na maioria dos casos o cara vai embora e a gente fica ainda mais infeliz que antes. Por que isso acontece? Porque as pessoas estão se valorizando pouco, se conhece pouco, preocupa muito com o que os outros vão achar se a gente chegar nos 30 e não tiver filhos e marido. A gente não acredita que possa dar certo sozinha, ser feliz sem toda essa convenção, não enxergamos a vida fora do padrão. Resolvi escrever algumas dicas para minhas amigas aproveitarem a solteirice e me relembrar que eu tenho que manter a minha individualidade, afinal é por isso que eu sou feliz e é por isso que eu sou amada. Espero que outras pessoas aproveitem essas dicas.
Descomplicando as coisas em 5 passos:

1- Singular = distinto; único(a), não no sentido de não haver outro, mas que é ímpar; próprio; notável...
É natural em um relacionamento fazer muitas coisas juntos e ter vontade de dividir todos os momentos, mas voltando à realidade, todos precisamos de espaço. Na rotina deve haver demonstrações de carinho, gentilezas, respeito... mas casalzinho grude é um saco! A gente tem que respirar. Gente!!! Existe vida fora do namoro, é só não esculhambar né? Amigos são fundamentais, amigos mesmo (nada daquela amiga que fica de mal humor quando acontece coisas boas para você) e fazer programas individuais (não é deixar o gato de lado, hein? pelo amor de Deus!) não é egoísmo, pelo contrário, namorar ou casar não quer dizer deixar de viver, vocês precisam sentir saudade e vontade de ficar perto um do outro. Mas se você está sozinha, aproveite para se conhecer melhor, se concentre nos seus talentos, nos seus desejos, nas suas inseguranças, nas suas carências e no que você pode melhorar´. Além de é claro, viver o que você tem de melhor. Você é única, o seu jeito de sorrir é só seu, sua forma de olhar... isso faz de você especial para alguém, mesmo que você ainda não tenha percebido ou pensado em corresponder.
2 - Companhia = ato de acompanhar (ir junto, seguir)
Em primeiro lugar, você gosta da sua companhia? É o primeiro passo. Eu particularmente odeio ficar sozinha (coisa que eu tenho feito muito nesse período de África), mas acredite em mim que é necessário saber conviver om você. Não se critique tanto, não se cobre de forma tão extrema. Exercite o auto controle, o auto conhecimento. Tenha em mente que você deve cuidar de você, como cuidaria da pessoa que você mais ama. E seja essa pessoa. Quando encontrar alguém, vocês devem seguir juntos, os dois olhando na mesma direção mesmo que seguindo caminhos diferentes. Companhia é convivência, intimidade, você com você e você com o outro.
3 - Aceite a sua família (Ame-os ou deixe-os)
A família começa a partir de uma opção. A opção de duas pessoas de se unirem e receberem os filhos que poderão surgir. Teoricamente as relações familiares deveriam ser baseadas no amor, mas deixando a teoria de lado nem sempre a convivência desperta bons sentimentos em pessoas, que apesar de terem o mesmo sangue, são tão diferentes. Família é uma realidade dinâmica, sempre em evolução, mutação. Se você tem algum problema de relacionamento com algum familiar saiba que você não precisa amar essa ou essas pessoas, sua única obrigação é o respeito. Você não precisa tornar as coisas mais difíceis. Se puder conviver pacificamente e incluí-los em suas atividades... ok. Se não puder... mantenha uma distância saudável, na qual ninguém possa se machucar (metaforicamente literalmente também... rs). Mas o mais importante de tudo é que você aceite a sua família como sua, com todos os defeitos e qualidades, afinal quando surge algum problema grave, todas as diferenças caem por terra e todos acabam se ajudando. Lembre-se de que por mais que seus relacionamentos acabem, sua família com todos os defeitos é eterna e te ama apesar de qualquer briga ou desntendimento. ADOTE CADA UM DELES E OS AME MUITO!

4- Encha sua vida de conhecimento
Pode ser até cultura inútil (ADORO!!!). Aliás você sabia que a biblioteca da Universidade de Indiana afunda 2 cm por ano porque, quando foi construída, os engenheiros esqueceram de incluir o peso dos livros no cálculo das fundações? Pois é isso não muda em nada a sua vida nem a minha... mas tem muita coisa legal pra você aprender. Conhecer cidades próximas da sua... aquela que tem uma igreja que um monte de grigo vem de longe visitar e você nunca foi. Aquela cachoeira que você já viu em um monte de foto das amigas e nunca teve oportunidade de visitar. Sabe quando um amigo liga desmarcando e você adoraria dirigir para sair mesmo assim?... mas você não tirou sua carta de motorista... (ou morre de pânico de trânsito... vou confessar que estou vencendo esse medo). Tem muita coisa para fazer, aprender a nadar, entrar num curso de fotografia, fazer aulas de pintura, começar um caderno de poesias (pra quem não sabe eu tenho um livro publicado). Veja muitos filmes, leia muitos livros, conheça lugares diferentes e aproveite para fazer cursos (aqueles que vc sempre quis fazer e não tinha tempo). Se depois encontrar alguém, a pessoa vai conhecer você muito mais interessante, vai por mim. E independente de ter alguém ou não faça uma faculdade, casar não é profissão, você precisa ser dona do seu destino, dividindo as decisões com alguém ou não, mas nunca seguindo sonhos que não são seus. Namoros e relacionamentos vêm e vão, mas o seu conhecimento nunca será levado. Invista em você.

5- Deslpa, mas eu tenho que te contar: Sabe aquela história de príncipe encantado? Pois é... ele não existe.
Meninas do meu core, tudo bem que a gente é criada vendo novela onde a moça pobre sempre acha uma cara lindo, rico e que AMA ela, a gente cresce escutando histórias que sempre terminam no "e viveram felizes para sempre", e o fato da maioria dos relacionamentos que temos a nossa voltam serem cheios de defeitos, quando não é a tragédia, nos faz ter uma esperança que conosco tudo será diferente. Bom... aminha intenção não é desacreditar ninguém, acredito muito que todos podemos ser felizes solteiros ou acompanhados. Mas quando se está sozinha a muito tempo, tem-se a tendência de projetar no cara que acabou de aparecer todos os desejos de uma vida, tudo que VOCÊ sonhou pra os DOIS. É bem assim, ele aparece, você jura para você que este é diferente e nem cogita a hipótese de se decepcionar. A ansiedade atrapalha tudo (olha quem ta falando... minhas amigas vão rolar de rir). Tente ser frias e estrategista nestas situações, pois qualquer descuido pode te render maquiagem de panda* e mais 3 kilos! #FATO# Atenção: não invista no amigo gay (ta... você acha um desperdício... mas o bofe não vai mudar de idéia), não caia na lábia do pegador da turma (ele pode até ser lindo (gostoso #pronto falei#), mas vai ter dar uma ressaca moral das boas), tente sair da mira dos comprometidos (se vc é daquelas que não sabe separar sexo de envolvimento afetivo... cai fora),  esses espécimes vão te dar dor de cabeça. Ninguém é perfeito, mas há defeitos aceitáveis e os insuportáveis... Tente escolher os seus problemas... rs


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ano Novo bombando, alegria no ar... pena que tem olho gordo rondando



Dia 30 bombou... eu me acabei de dançar e a gente só chegou em casa às 6:00 h da manhã... e de tarde praia nelas!!!
Dia 31 foi indescritível... praia dos espanhóis... pular 7 ondas... comer 12 uvas... comer caviar, salmão, camarão, tomar champagne e muito black label com red bull... é claro que eu achei estranho os espanhóis não se abraçarem tanto como a gente , mas tudo bem... boate Antanhos nelas depois!
Dia 01 um caos... as 3 levantam tarde, de mal humor e num desânimo feio, até a saída programada para a noite deu errado... deu uma depressão...
E dia 2 chegou e a hora de ir embora tb... credo...
É isso ai ser feliz demais atrai olho gordo... mas eu juro que vou distribuir colírio diet.

Não que eu odei alguém, mas eu ia ser mais feliz se algumas pessoas não existissem.

Agora é cabeça na viagem... falta só 9 dias... que frio na barriga ta difícil até trabalhar... Europa... lá vou eu!!!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Novo ano... vida nova...


"A gente acumula supostos amigos
Acumula juramentos vencidos
Acumula dias sofridos e corações partidos
Acumula sono todo dia, falsos desejos de bom dia, acumula estresse e agonia.
A gente acumula planos de férias,
Planos de vida,
Planos de planos;
Acumula janelas fechadas, refeições requentadas, máquinas compradas e obrigações redobradas.
A gente acumula rejeições, reclamações, críticas e sermões."

Que a gente pare de acumular e passe a realizar coisas mais positivas.
Viver amizades mais verdadeiras
Cumprir compromissos acertados
Viver com mais alegria e não remoer o passado
Acordar com mais leveza e desejar com mais sinceridade
Se dar o tempo de cura e repeitar a velocidade das coisas,
Tirar das gavetas do coração tudo que não estiver sendo usado, não tiver serventia ou estiver empoeirado
E acima de tudo não cultivar a culpa, pois tudo na vida é um ciclo e é muito importante praticar o desapego... simplismente deixar as coisas irem... e receber as coisas vêm... na mesma tranquilidade... 

Que se vá 2010 sem nenhum arrependimento
Que venha 2011 com toda promessa de recomeço
E que possamos construir um novo ano, sem os erros passados e de coração aberto para as novidades.
Feliz Ano Novo!!!