domingo, 19 de dezembro de 2010

Dois anos, cinco meses e uma diferença de 3 horas de fuso horário.


A gente se conheceu mas ele não me deu bola. A gente se reencontrou mas eu estava no fim de uma relação conturbada. A gente acabou saindo mas eu morria de medo de virar fofoca. A gente começou a ficar mas ele tinha pânico da palavra namoro. Eu viajei e ele sentiu que gostava mesmo de mim. A gente começou a namorar mas nunca teve planos. Namorei demais e ele de menos. Eu queria uma maneira de estar junto e ele queria uma maneira de se manter livre. Procuro segurança e ele quer fazer viagens. Vim pra África investir na carreira e ele "descobriu" que me ama. Estamos sempre em desencontro, nossos desejos se cruzam mas não se encontram. Ninguém tem a certeza que quer partir ou que dá conta de ficar, "para sempre é sempre por um triz"... rs.

Mas olhando nossas fotos juntos dá pra lembrar de muita coisa legal que passa despercebida na correria do dia-a-dia. A gente se respeita, confia um no outro, tem conversas abertas, se diverte, tem muito desejo e prazer em ver a felicidade do outro.

A gente vê o quanto é difícil construir uma relação assim de perto, criando aos poucos uma intimidade que conhece o outro do avesso e escuta muito no silêncio, onde há diálogo franco e a vontade de ficar junto é maior que a necessidade de ter o outro. E a gente consegue fazer melhor do muito casal, e tudo de longe... sempre namorando a distância... sem deixar de se falar nenhum dia... hoje a gente ta empolgado com a programação da nossa primeira viagem internacional juntos. Uma viagem de treguá para um período difícil que atravessamos. Acho que saímos fortalecidos.

Ainda não enxergo uma forma da gente viver junto sem alguém ceder, abrir mão... e possivelmente ninguém abra, nem eu nem ele. Mas e se ninguém tiver que desistir? E se a gente aprender a ser feliz fora desse padrão? Ou se um dia estiver tão bom que valha a pena adiar alguns planos para construir alguma coisa à quatro mãos? E se os nossos planos puderem ser os mesmos? Então talvez nesse dia dê um frio na barriga e a gente se pergunte se é isso mesmo, porque certeza mesmo a gente nunca tem...

Enquanto esse dia não chega deixa eu comemorar o hoje, por que não é qualquer relacionamento que chega nessa fase, não é todo namoro à distância que chega aqui com tanto amor e desejo e não é todo casal que tem tanta história para contar e tanta lembrança bacana no CV. Dois anos, cinco meses e uma diferença de 3 horas de fuso horário!!!! Nesse horário ele ainda ta dormindo e eu quase almoçando... mas aposto que hoje nosso desejo é o mesmo, que o tempo passe rápido e a gente se encontre logo para matar a saudade afogada num monte de beijo.

Te amo lindo!!!!

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