sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal , Niver... pra mim sempre foi uma coisa só... rs

   Eu já me acostumei com o esquecimento de alguns amigos quanto ao meu aniversário. É complicado mesmo. Imagino as pessoas envolvidas com preparação de ceia, lista de presentes, amigo oculto, viagens de fim de ano. Eu diria até que se não fosse o fato de gostar tanto de festa e sempre buscar desculpas para fazer uma eu também esqueceria... rs
  Mas esse ano eu não tenho o que reclamar. Eu to muito longe de casa e muita gente daqui que eu gosto foi para o brasil de férias então achei que ia ser bem triste. É bem verdade que clima de Natal não tinha, mas as festas bombaram... O pessoal tava super animado, num astral bem legal. As fotos ficaram engraçadíssimas.
  Até presente do meu amor chegou aqui... antes do almoço. E com cartões, um mais lindo que o outro.
   Adorei tudo! Só melhorou minhas expectativas para o fim de ano.
   Feliz Natal à todos!!!
   Bjos

domingo, 19 de dezembro de 2010

Dois anos, cinco meses e uma diferença de 3 horas de fuso horário.


A gente se conheceu mas ele não me deu bola. A gente se reencontrou mas eu estava no fim de uma relação conturbada. A gente acabou saindo mas eu morria de medo de virar fofoca. A gente começou a ficar mas ele tinha pânico da palavra namoro. Eu viajei e ele sentiu que gostava mesmo de mim. A gente começou a namorar mas nunca teve planos. Namorei demais e ele de menos. Eu queria uma maneira de estar junto e ele queria uma maneira de se manter livre. Procuro segurança e ele quer fazer viagens. Vim pra África investir na carreira e ele "descobriu" que me ama. Estamos sempre em desencontro, nossos desejos se cruzam mas não se encontram. Ninguém tem a certeza que quer partir ou que dá conta de ficar, "para sempre é sempre por um triz"... rs.

Mas olhando nossas fotos juntos dá pra lembrar de muita coisa legal que passa despercebida na correria do dia-a-dia. A gente se respeita, confia um no outro, tem conversas abertas, se diverte, tem muito desejo e prazer em ver a felicidade do outro.

A gente vê o quanto é difícil construir uma relação assim de perto, criando aos poucos uma intimidade que conhece o outro do avesso e escuta muito no silêncio, onde há diálogo franco e a vontade de ficar junto é maior que a necessidade de ter o outro. E a gente consegue fazer melhor do muito casal, e tudo de longe... sempre namorando a distância... sem deixar de se falar nenhum dia... hoje a gente ta empolgado com a programação da nossa primeira viagem internacional juntos. Uma viagem de treguá para um período difícil que atravessamos. Acho que saímos fortalecidos.

Ainda não enxergo uma forma da gente viver junto sem alguém ceder, abrir mão... e possivelmente ninguém abra, nem eu nem ele. Mas e se ninguém tiver que desistir? E se a gente aprender a ser feliz fora desse padrão? Ou se um dia estiver tão bom que valha a pena adiar alguns planos para construir alguma coisa à quatro mãos? E se os nossos planos puderem ser os mesmos? Então talvez nesse dia dê um frio na barriga e a gente se pergunte se é isso mesmo, porque certeza mesmo a gente nunca tem...

Enquanto esse dia não chega deixa eu comemorar o hoje, por que não é qualquer relacionamento que chega nessa fase, não é todo namoro à distância que chega aqui com tanto amor e desejo e não é todo casal que tem tanta história para contar e tanta lembrança bacana no CV. Dois anos, cinco meses e uma diferença de 3 horas de fuso horário!!!! Nesse horário ele ainda ta dormindo e eu quase almoçando... mas aposto que hoje nosso desejo é o mesmo, que o tempo passe rápido e a gente se encontre logo para matar a saudade afogada num monte de beijo.

Te amo lindo!!!!

Flávio Gikovate: “As mulheres são confusas a respeito do homem ideal”

"Temos evoluído pouco no aspecto sentimental. As pessoas continuam buscando parceiros com os quais não têm afinidades intelectuais, de caráter, projetos e estilo de vida. E escolher um parceiro tomando por base o encantamento erótico inicial é perigoso porque quase sempre o fascínio erótico te direciona para cafajestes. As mulheres são confusas a respeito do homem ideal para elas. Até poucas décadas atrás, ele deveria ser o protetor e o provedor. Hoje deve ser companheiro, participar das atividades familiares, ser mais carinhoso e moralmente confiável. O erotismo costuma direcionar para a busca de parceiros mais egoístas, pouco confiáveis e difíceis de provocar envolvimentos de qualidade. Assim, a maioria dos casais ainda é formado por uma criatura mais generosa e outra mais egoísta. Isso resulta em uma relação incompleta que, com os anos, acaba levando à separação. Os casais se separam pela mesma razão que se casam: as diferenças de temperamento e de caráter. O que funciona bem é o encontro de criaturas afins. Defendo que a união tem de acontecer entre pessoas semelhantes, com os mesmos planos e projetos, e não entre opostos. É o que eu chamo de “+amor”. É uma relação mais parecida com a amizade, a aproximação de duas pessoas inteiras e não de duas metades. Para isso é preciso poder ficar bem sozinho e superar extremos de egoísmo e a generosidade. O relacionamento é baseado em respeito mútuo e confiança recíproca. Chega de namorar ou casar com inimigo!"




Foto: Eduardo Knapp


Trechos da entrevista do psiquiatra Flávio Gikovate que eu achei fantástica.
Leia na íntegra: http://delas.ig.com.br/amoresexo/flavio+gikovate+as+mulheres+sao+confusas+a+respeito+do+homem+ideal/n1237880970971.html

sábado, 18 de dezembro de 2010

Texto da Martha Medeiros - OBRIGADO POR INSISTIR


Até o mais seguro dos homens e a mais confiante das mulheres já passaram por um momento de hesitação, por dúvidas enormes e dúvidas mirins, que talvez nem merecessem ser chamadas de dúvidas, de tão pequenas. Vacilos, seria melhor dizer. Devo ir a este jantar, mesmo sabendo que a dona da casa não me conhece bem? Será que tiro o dinheiro do banco e invisto nesta loucura? Devo mandar um e-mail pedindo desculpas pela minha negligência? Nesta hora, precisamos de um empurrãozinho. E é aos empurradores que dedico esta crônica, a todos aqueles que testemunham os titubeios alheios e dizem: vá em frente!
“Obrigada por insistir para que eu pintasse, que eu escrevesse, que eu atuasse, obrigada por perceber em mim um talento que minha autocrítica jamais permitiria que se desenvolvesse.”
“Obrigada por insistir para que eu fosse visitar meu pai no hospital, eu não me perdoaria se não o tivesse visto e falado com ele uma última vez, eu não teria ido se continuasse sendo regida apenas pela minha teimosia e orgulho.”
“Obrigada por insistir para que eu conhecesse Veneza, do contrário eu ficaria para sempre fugindo de lugares turísticos e me considerando muito esperta, e com isso teria deixado de conhecer a cidade mais surreal e encantadora que meus olhos já viram.”
“Obrigada por insistir para que eu fizesse o exame, para que eu não fosse covarde diante das minhas fragilidades, só assim pude descobrir o que trago no corpo para tratá-lo a tempo. Não fosse por você, eu teria deixado este caroço crescer no meu pescoço e me engolir com medo e tudo.”
“Obrigada por insistir para eu voltar pra você, para eu deixar de ser adolescente e aceitar uma vida a dois, uma família, uma serenidade que eu não suspeitava. Eu não sabia que amava tanto você e que havia lhe dado boas pistas sobre isso, como é que você soube antes de mim?”
“Obrigada por insistir para que eu deixasse você, para que eu fosse seguir minha vida, obrigada pela sua confiança de que seríamos melhores amigos do que amantes, eu estava presa a uma condição social que eu pensava que me favorecia, mas nada me favorece mais do que esta liberdade para a qual você, que me conhece melhor do que eu mesma, apresentou-me como saída.”
“Obrigada por insistir para que eu não fosse àquela festa, eu não teria agüentado ver os dois juntos, eu não teria aturado, eu não evitaria outro escândalo, obrigada por ficar segurando minha mão e ter trancado minha porta.”
“Obrigada por insistir para eu cortar o cabelo, obrigada por insistir para eu dançar com você, obrigada por insistir para eu voltar a estudar, obrigada por insistir para eu não tirar o bebê, obrigada por insistir para eu fazer aquele teste, obrigada por insistir para eu me tratar.”
Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo.
Martha Medeiros

Depois que passa a gente até agradece... 
Em agradecimento a muita gente, que eu deixei, que me deixou e aos que insistiram... OBRIGADA!!!

Texto de Martha Medeiros - O PERMANENTE E O PROVISÓRIO

mO casamento é permanente, o namoro é provisório.
O amor é permanente, a paixão é provisória.
Uma profissão é permanente, um emprego é provisório.
Um endereço é permanente, uma estada é provisória.
A arte é permanente, a tendência é provisória.
De acordo? Nem eu.

Um casamento que dura 20 anos é provisório. Não somos repetições de nós mesmos, a cada instante somos surpreendidos por novos pensamentos que nos chegam através da leitura, do cinema, da meditação. O que eu fui ontem, anteontem, já é memória. Escada vencida degrau por degrau, mas o que eu sou neste momento é o que conta, minhas decisões valem pra agora, hoje é o meu dia, nenhum outro.

Amor permanente... como a gente se agarra nesta ilusão. Pois se nem o amor pela gente mesmo resiste tanto tempo sem umas reavaliações. Por isso nos transformamos, temos sede de aprender, de nos melhorar, de deixar pra trás nossos imensuráveis erros, nossos achaques, nossos preconceitos, tudo o que fizemos achando que era certo e hoje condenamos. O amor se infiltra dentro da nós, mas seguem todos em movimento: você, o amor da sua vida e o que vocês sentem. Tudo pulsando independentemente, e passíveis de se desgarrar um do outro.

Um endereço não é pra sempre, uma profissão pode ser jogada pela janela, a amizade é fortíssima até encontrar uma desilusão ainda mais forte, a arte passa por ciclos, e se tudo isso é soberano e tem valor supremo, é porque hoje acreditamos nisso, hoje somos superiores ao passado e ao futuro, agora é que nossa crença se estabiliza, a necessidade se manifesta, a vontade se impõe – até que o tempo vire.

Faço menos planos e cultivo menos recordações. Não guardo muitos papéis, nem adianto muito o serviço. Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve, alcanço seus limites com as mãos, é nele que me instalo e vivo com a integridade possível.
Canso menos, me divirto mais, e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório, inclusive nós.
Martha Medeiros

Especial produções criativas






quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Niver do meu irmão!

Parabéns maninho querido!!!!
Que Deus lhe traga muitas maravilhas!!!
Te amamos...
Queria estar ai com vc pra fazer um bolo de chocolate e rapar a vasilha depois... nossa muito tempo que não faço isso!!!
Saudades...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

"Somente os extremamente sábios e os extremamente estúpidos é que não mudam". Confúcio


"As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades."
 Martha Medeiros


   A vida em um lugar longe de casa, longe das pessoas que a gente ama, das coisas que a gente gosta, sem muitas opções de lazer e sem poder se apegar a muitas coisas e pessoas faz tudo ficar diferente sem ter mudado. Isso porque os olhos é que mudam, ou mudamos a forma de enxergar as coisas. A realidade é transitória e todo futuro ainda é só um tempo que vai acontecer, uma palavra que pode ser substituída por uma interrogação.  Aqui a vida de verdade para (pelo menos a gente acredita que parou, a nossa né? Porque as outras continuam, a gente só não se da conta disso tem hora) e um mundo paralelo se abre.  É como se você assistisse sua vida antiga acontecer de longe enquanto isso encarna outro personagem, em outra vida completamente distinta, pra mim é mais ou menos isso. A ilusão é que daqui a pouco a missão do personagem acabe e você volte para a vida que “ficou te esperando”. Ilusão... claro. No fundo você continua a mesma pessoa, mas os desejos se abrem, o mundo fica menor, e muita coisa se torna distante, porque a verdade é que os sonhos ficaram maiores. E não é que você tenha desistido daquela idéia de continuar a sua vidinha, mas é que no momento ela não faz muito sentido, então o fato dela não se realizar tão rápido não dói tanto.
   Eu costumava lamentar minha falta de sorte no amor, muitas vezes eu me perguntei se não queimei etapas demais, se não me antecipei.  Eu via tantos amigos bacanas com uma mulher mais sacana que a outra e nunca entendi como eu podia ser tão legal e entrar em tanta fria. Naquela época eu acreditava que eu podia ser feliz com qualquer pessoa. Acho que era isso que eu deseja ser feliz a qualquer custo, então eu maquiava situações, relevava coisas dolorosas e perdoava sempre por mais impossível que fosse. Era mais fácil pensar que assim, sendo uma pessoa tão bacana, alguém um dia iria enxergar isso e ai eu ia “merecer” ser feliz. Eu tentava ser o mais leve possível e não incomodar. Eu me agarrei a uma vida que hoje eu dou graças por não ter acontecido. Foi graças a todas as perdas que eu me formei e tive forças pra superar meu próprios conceitos de vida, me transformei em uma mulher que nunca pensei em ser. Mas foi aqui que eu senti o que é ser livre, foi aqui que eu senti o peso da palavra independência, foi sozinha que eu remodelei o pensamento antigo. Hoje eu sei que qualquer pessoa pode ser feliz comigo.
   É assim... a vida vai acontecendo e a gente vai descobrindo que nossa influência sobre as coisas e acontecimentos é muito relativa e que apesar de tudo a vida é perfeita em sua inconstância. Valorizar a si mesmo, sem desmerecer o outro, sem excessos... cada um tem o seu momento de aprender, não adianta tentar acelerar o tempo do outro e nem sofrer com a demora dele, não adianta tentar acelerar o nosso tempo também, às vezes o que a gente pensa que é inércia é recuperação, e todo mundo precisa de se dar um tempo.
   A minha relação atual me ajudou muito, eu melhorei muito como pessoa. Mas sofri muito também... meu namorado não alimentou minha parte frágil, não deu força para minhas inseguranças, não me incentivou a ter pena de mim e isso acabou comigo por algum tempo.  Isso era estranho, não fazia parte do pacote felizes para sempre. Não foi isso que eu li nessas histórias para meninas. Para mim parecia indiferença, falta de amor. Entretanto, agora agradeço por tudo que ele me fez evoluir. Eu ainda tenho muitos defeitos, ainda sou muito ansiosa, vivo querendo queimar etapas. Ninguém muda tanto... mas eu gosto muito mais de mim... e sei quem quem estiver no meu caminho... dividindo a vida comigo vai ser feliz...  porque pra mim felicidade é um termo complexo que está mais ligado a paz... estar em paz com suas escolhas... estar em paz com os seus limites... estar em paz com o tempo que passa pro corpo e pro rosto e não passa pros sonhos... então eu hoje sou feliz... estou em paz... sozinha, acompanhada, longe, perto... com muitas ou poucas festas.
   Que a África me traga mais mudanças e aprendizados para o próximo ano, “mas que as mentiras alheias não confundam minhas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes”, que a dor e as dificuldades não apaguem as boas lembranças nem a deturpem a esperança de que tudo melhora depois, mesmo que nem sempre seja verdade. “Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz."
   Que venham muitos aprendizados, muito dinheiro e muitas viagens, de preferência nessa ordem... rs. E que a gente tenha humildade para aprender e coragem para por em pratica, cabeça e bons planos para o dinheiro e é claro uma boa companhia para as viagens (sendo o amor, melhor). E que tudo que a gente pede e deseja não esteja acima do que a gente realmente precisa... o que a vida guarda pra gente. Que saibamos agradecer e possamos ser felizes por isso.
Amém!!!

domingo, 28 de novembro de 2010

Pula!!! Pula!!!

Eu estou no beiral do edifício mais alto que existe me preparando para pular.


Esperando só uma pergunta mágica, que para ele não muda nada e que para mim representa muita coisa.

Ele está ganhando tempo. É difícil pra ele perguntar, as palavras não saem, ele ainda não se sente preparado para uma pergunta tão definitiva, tão forte...

Mas é difícil pular também... eu nunca vou saber qual é a hora certa, se eu vou voar ou se eu vou me machucar...

Ele não pergunta, eu não pulo... mas tem o lado bom, a gente vai ganhando tempo, a vida vai trabalhando... talvez ele nunca pergunte, talvez eu nunca pule desse prédio, talvez um dia a gente se sinta preparado, ou talvez a gente se prepare para encarar o que a gente não conhece e tope enfrentar esse desconhecido. Quem sabe a gente pule de mãos dadas sem niguém perguntar nada?

Um mês sem postar nada... o silêncio diz muita coisa...

Há dias tento escrever. Mas tudo que eu consigo é enumerar reclamações, dizer o quanto as coisas não acontecem no tempo certo e na hora certa, o quanto as pessoas são invejosas e maledicentes e o quanto esse dia a dia tem sido maçante. E a verdade é que, eu não sei você, mas eu cansei disso.


Eu fiz muitas coisa para conseguir vir para cá, envolvi muita gente nisso e é verdade que o início é bem complicado e nada do que a gente havia pintado. O mais fácil é desistir, falar que não deu conta, que as coisas não são o que a gente esperava, que a vida é injusta, que o tratamento entre as pessoas aqui é desigual, arrumar a mala e voltar.

Mas essa não sou eu. Eu sou a mulher que está criando perspectivas melhores, está realizando o sonho de morar fora, que está ampliando o CV, que está estacionado suas decisões pessoais por dois anos para dar um salto na profissional, que está aprendendo muito sobre si mesma, que está conhecendo melhor o comportamento das pessoas e descobrindo coisas dolorosas, porém úteis. Eu batalhei para estar aqui. Nunca aceitei migalhas da vida, nunca fui conformada com a minha realidade eu sempre trabalhei muito para fugir dela e sempre deu certo.

Mas hoje não dá mais... uma hora a gente descobre que é assim e ponto. Então você pode viver planejando, se agarrar aos sonhos e viver por isso, esquecendo o presente, o que eu sempre fiz na vida, e que sou muito grata por me trazer até aqui. Ou você pode olhar para o que você está vivendo, continuar com sonhos é claro, trabalhar para que eles aconteçam é claro, mas viver o presente, mais consciente do que não se muda logo e relaxar um pouco.

Hoje eu sou esta mulher, que ama sua profissão, e está longe de tudo que é importante pra ela por causa disso. Que ama um homem com quem ela deseja ter uma vida em comum, mas que sabe que muitas outras coisas tem que ser conquistadas antes disso. Que quer ficar aqui até que se sinta tão forte e independente que possa viver melhor consigo e os outros. Essa sou eu. Cheia de sonhos. Com receio que nada se cumpra. Com a certeza que Deus quer o melhor para mim e que deixar a vida trabalhar às vezes não faz mal. Ter paciência com o tempo, tê-lo como amigo, é o melhor que podemos fazer ao nosso coração.

Se no final tudo for diferente do que a gente imaginou ainda vamos agradecer pela vida ter mais sabedoria que os nossos caprichos.

Obrigada à todas as pessoas que fizeram com que eu enxergasse que o que eu julgava que eram migalhas na verdade são o sustento , representam tudo que eu preciso agora. Acho que foi a melhor lição do mês. Desejar mais do que eu tenho hoje, mas estar em paz com o que é dado hoje, por que isso hoje, é tudo que eu preciso. Na hora certa a mudança vem.

Que você também não alimente seus sonhos com aflição e os torne pesados de carregar. Esteja também em paz com o que te sustenta hoje, pode não ser a sua meta de futuro, mas é o que vai garantir que você se mantenha aonde deseja chegar.

Boa sorte para todos nós.


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Faz parte da vida

"Se apaixonar é como pular de um prédio bem alto; seu cérebro lhe diz que isso não é uma boa ideia, mas seu coração lhe diz que você pode voar."
Eu não preciso de alguém perfeito pra mim... eu só preciso de alguém que fique até o fim e me faça querer ficar também... eu não achei ainda... por isso já ensaiei várias vezes e ainda não pulei... será que é difícil asssim?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Dodoi...

Fiz o teste de palodismo (malária) pois estava com muita dor no corpo e cabeça. Mas eu to livre da malária por enquanto (espero que sempre). Ainda não me sinto bem... muita cólica e dolor de ventre (aiai). Me sinto ainda mais lerda... que dor... que preguiça...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Tempo pra pensar e digerir as mudanças

Sempre que eu leio Martha Medeiros eu fico tocada, ou melhor chocada com a proximidade que eu sinto nas palavras dela. “Você pode ir embora e nunca mais ser a mesma. Você pode voltar e nada ser como antes. Você pode até ficar, pra que nada mude, mas aí é você que não vai se conformar com isso.” É isso!!! Eu fui embora, e realmente muita coisa mudou, na vida e principalmente em mim... Eu voltei e muita coisa já está diferente, principalmente nos relacionamentos... Ás vezes eu queria voltar pra casa e parar essas mudanças, mas no fundo não é isso que eu quero... eu sei que eu preciso das mudanças e as coisas vão mudar... não para o rumo que eu quero talvez (bem provavelmente vou perder pessoas no caminho e momentos que eu queria muito), mas elas tem que mudar... porque a realidade de hoje já não me preenche, não me realiza... não me satisfaz... então talvez mais uma vez eu perca... alguém importante... a chance de dar um passo maior numa relação... a vontade de cair de cabeça em uma paixão. Talvez... mais uma vez eu tenha que me despedir da ilusão de ser feliz agora e tenha que continuar com meu planos e sonhos grandes (eu ouvi dizer que dá o msm trabalho sonhar grande ou pequeno) e meus. Mas temos 3 meses para pensar nisso... pensar se é isso... se é ele... se é a gente... ou se sou só eu juntando grana na África pra começar a minha vida menos bagunçada.


To tentando seguir os conselhos da Martha: “Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma; Cuidado com o que anda desabafando; Conte até três (tá certo, se precisar, conte mais); Antes só do que muito acompanhado; Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse; RENUNCIAR NÃO QUER DIZER QUE NÃO AME; ABRIR MÃO NÃO QUER DIZER QUE NÃO QUEIRA; O TEMPO ENSINA, MAS NÃO CURA.”

Grande Martha Medeiros.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

De volta...


Saudades de postar aqui. Eu fui pro Brasil, visitei lugares lindos, estive com meus amigos e familiares, além é claro do meu namorado (e como é bom matar saudades dessas coisas). Mas voltando a realidade, se você está lendo aqui significa que eu voltei pra África, que eu repensei meu trabalho e minha vida aqui e que eu acredito que ainda vai acontecer coisas boas pra mim nesse país. E o mais importante ainda vale a pena. A viagem de ida foi cansativa e dolorosa. Eu não sabia a reação da nova pessoa (eu) diante das relações e situações antigas. Me questionei muito. Chegando ao Brasil eu parei de me questionar um pouco e comecei a questionar o que eu deixo os outros fazerem comigo. As pessoas tem muita liberdade na minha vida. Muito espaço, podem opinar demais, sabem demais... E qual a minha necessidade disso? Meu excesso de confiança nas pessoas me derrubou aqui, e em uma proporção menor me atrapalha no Brasil também. Eu decidi ler mais, ver mais filmes, passar mais tempo comigo e menos com outras pessoas. E quando eu conversar, escolher assuntos mais amenos, menos pessoais. E quando falar de mim, medir as palavras (odeio essa parte), e escolher a pessoa certa (se é que isso é possível). Me desligar um pouco do Brasil.Vou continuar refletindo sobre minha vida lá mas, passar a viver mais essa aqui. Vou tentar isso... só pra ver o que acontece... A viagem de volta foi agradável e rápida. Eu sabia o que ia encontrar, queria que acabasse logo a jornada... agora tenho mais ferramentas e conhecimento para me ajudar e me defender melhor.

sábado, 2 de outubro de 2010

"A gaveta da alegria já está cheia de ficar vazia" Alice Ruiz

Alegria minha gente! Porque tristeza e reclamação cansa qualquer um... Estou enfada dessas coisas... estou partindo amanhã para o Brasil... eita viagem longa... então saio de Oyala para Bata (3 horas de carro), na segunda de manhã de Bata para Malabo (40 min de avião), à noite de Malabo para Madrid (6 horas de voô), na terça ao meio dia saio de Madrid para SP (11 h de voô) e de noite de SP para BH (1 h de voô)... que lonjura... fora as horas perdidas nos aeroportos...rs
Estarei sem o note e espero voltar a postar no meu regresso... isso quer dizer que espero regressar, mas ainda tenho que pensar sobre isso... tudo em nós é tão frágil, que qualquer certeza pode ser abalada...
Enquanto isso ALEGRIA... viver esse momento, de rever amigos, amores, lugares, comidas... as coisas que me fazem bem e me dão fôlego pra continuar a caminhar. Porque só a gente sabe o que é que faz o coração bater então é a gente que tem que escolher... e como dizia Machado de Assis "Não há alegria pública que valha uma boa alegria particular."

Bjos a todos, bom fim de semana e até a volta!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Já dizia Bezerra da Silva: Fofoca pra mulher é feio /Pra barbado é pior, podes crer /Assim como ele fala de você pra mim/ Também mete o malho de mim pra você...


Sua vida é limitada? Vença os obstáculos!

Sem perspectivas? Faça uma atividade nova!

Com tempo sobrando? Faça um trabalho voluntário!

Ser cuidada é bom mas só por quem merece...

A campanha está lançada!


Pode reclamar, desde que seja das coisas que te envolvem e cada vez menos.

Pode ficar com raiva, desde que seja por um bom motivo e de forma passageira.

Pode dar palpite, mas só se for pra quem te pediu.

Pode continuar lendo os posts e se gostar deixar comentários.

Você consegue cuidar da sua vida só por hoje?

Vamos tentar? Vai você consegue... faz uma força... eu to nessa também...

Agora quem não conseguir de jeito nenhum... compra um gatinho... dizem que ele tem sete vidas... haja vida pra cuidar... rs

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tirando a cobertura de açúcar da história, pero no mucho...

"Contos de fada são mais do que a verdade. Não porque eles nos dizem que dragões existem, mas porque eles nos dizem que dragões podem ser derrotados." Neil Gaiman
Eu tenho um defeito muito grande: pensar demais na vida, sim na vida, num contexto amplo, passado, futuro, presente, comportamento, pessoas que fazem parte do meu mundo, da minha rotina ou não, coisas que eu quero, coisas que não quero... Uma das coisas que me faz pensar muito é o que as pessoas que eu amo pensam de mim e da nossa relação. E muitas vezes eu me pergunto como eu poderia ser uma melhor namorada, amiga melhor, filha, enfim... eu queria ser melhor. Mas como a opinião das pessoas é muito diversa é complicado ter uma referência. É claro que eu não tento ser exatamente como as pessoas gostariam, mas eu sempre pergunto se tem alguma coisa que eu poderia melhorar sem ferir o que eu acredito ser o correto e que faz parte de mim. Para ser melhor para algumas pessoas que eu amo eu já deixei de pertencer a vida delas, por sentir que eu não podia aceitar uma situação ou opinião sem me ferir, ou ferir a pessoa... eu peguei as minhas coisas e fui embora. A gente sabe o limite da gente. Insistir nem sempre te faz um vitorioso, só mais teimoso.


Algumas amigas me consideram uma pessoa independente. Olha que eu apoio... rs. Eu trabalho desde os 16 anos, tirei minha carteira com o próprio salário, eu pago minhas contas, ajudo nas contas de casa, compro as coisas que eu tenho vontade, divido algumas contas com o namorado (que não me deixa dividir tudo... amo), estou em outro país trabalhando (tenho 5 meses de formada). É... eu fiz muitas coisas não pagas também, mas isso não me tira o mérito de fazer, porque é sinal que eu aproveitei uma oportunidade, primeiro que nem todos tiveram, segundo que nem todos batalharam ou quiseram... fiz um curso técnico gratuito, consegui uma bolsa para fazer a faculdade. E eu acho que as minhas amigas têm razão, eu sou independente! Com 26 anos eu não tenho muita coisa (a vida podia ter sido mais fácil, eu podia ter formado antes, mas as oportunidades foram essas e eu agarrei todas que eu pude, com todos os “se”... ), mas posso decidir o que eu quero, o que eu gosto e o que eu do conta, sem ter a obrigação de consultar alguém ou deixar de fazer o que eu amo.

Algumas pessoas acham que eu sou meio bela adormecida, deslumbrada, pouco envolvida com o feminismo e questões políticas. Pode ser também. Eu odeio política mesmo, e ninguém nunca me ensinou a gostar, achar que ela é importante é outra coisa, respeito a história das mulheres que lutaram e ainda lutam por uma posição mais igualitária dos gêneros, mas eu detesto o radicalismo de alguns grupos e o boicote a quem conserva a ilusão ou o sonho (questão de interpretação) de ainda acreditar na família e numa vida compartilhada, que pra mim não quer dizer deixar de ter individualidade, nem se anular. Gosto de cozinhar coisas diferentes, mimar meu namorado, quero viver um grande amor com ou sem direito a bolo de casamento, fotos e filhos. Eu quero ter uma família, quero ter um trabalho sem ter que me matar por ele, eu quero aprender a viver de forma mais tranquila e saudável (dentro dos meus parâmetros pouco natureba). Eu não pretendo ser uma dona de casa, e nem vejo isso no meu futuro, mas se isso for inevitável eu seria. Sem traumas. E se eu for feliz indo contra tudo que o feminismo torto que essas mulheres pregam eu vou ser. E se não acontecer nada do que eu gostaria eu ainda quero ser feliz, torcendo pra não ficar rabugenta.

Essas senhoras da “geração sex and the city” agem como se mulheres dessa idade também não caíssem em contradição , nas mesmas armadilhas e nos mesmos sonhos que envolvem essas meninas de vinte e poucos, algumas tem tantos machismos e pudores descabidos que da vontade de gritar que esse negócio de emancipação feminina é balela, porque algumas mulheres simplesmente não evoluíram nadinha. É claro que tem coisa gritante, na vida real tem muita mocinha procurando o príncipe encantado, mas se ele não for tão príncipe tudo bem, porque ela também já não é tão mocinha e acha que não pode ficar escolhendo muito. E tem aquelas que levam os “direitos iguais” tão ao pé da letra que já são “quase homens”. Se você quiser casar e ter filhos, case. Se você concordar que o sistema familiar está falido no modelo de hoje, inove, more em casa separadas. Se você quer só amigos e fincantes, tudo bem. Se você achar qualquer estilo de vida, mesmo fora do padrão, que se encaixe no que você procura, seja feliz. E nem precisa adotar um só, você pode ser independente, ter sua profissão e querer ter uma família. Uma escolha pode dificultar a outra, mas não é exclusão. Muitas mulheres se casam iludidas com uma vida de conto de fadas. Mas muitas mulheres também se iludem com o glamour da independência. E todas pagam o preço da vida que levam.

A vida de ninguém é simples e nem perfeita. E não é fácil aceitar que os outros não achem o máximo a vida que você está levando. Ainda mais quando você olha aquela amiga dependente que não sai sem o namorado, que segue ordens, que não é livre financeira e psicologicamente. Triste? Pra mim é. Mas a gente também tem momentos que as amigas não passam e não invejam, fica longe da família, do namorado, segura muita barra sozinha. Mas mulher é mulher. A gente também é frágil, carente e cheia de dúvidas, também tem celulite, estrias, e algumas de nós querem casar. É tudo questão do que a gente acredita, de história de vida, de arriscar... Tente não se iludir, faça uma escolha consciente, se no final o seu saldo for positivo você está liberada pra sorrir, se não... você está livre para mudar de opinião. E que bom que é assim. Faça o que te realiza. Eu acho que a grande sacada da liberdade que a gente tem hoje é a opção de escolha e grande número de possibilidades. Cada um na sua. Pra defender a sua opinião você não precisa esculhambar o estilo de vida dos outros.


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um dia só para ouvir... música pra começar...

Todos Os Caminhos -  Lenine

Eu já me perguntei

Se o tempo poderá

Realizar meus sonhos e desejos

Será que eu já não sei

Por onde procurar

Ou todos os caminhos dão no mesmo

E o certo é que eu não sei o que virá

Só posso te pedir que nunca

Se leve tão a sério, nunca

Se deixe levar, que a vida

É parte do mistério

É tanta coisa pra se desvendar



Por tudo que eu andei

E o tanto que faltar

Não dá pra se prever nem o futuro

O escuro que se vê

Quem sabe pode iluminar

Os corações perdidos sobre o muro

E o certo que eu não sei o que virá

Só posso te pedir que nunca

Se leve tão a sério, nunca

Se deixe levar que a vida

A nossa vida passa

E não há tempo pra desperdiçar.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

"Tem tanto sentimento deve ter algum que sirva..." Arnaldo Antunes

Somos donos dos nossos atos? Quanto da vontade dos outros trava as nossas ações e sentimentos? E essas pessoas são importantes pra gente ou é simplesmente importante que a gente não as incomode por serem mais influentes? Tudo bem, a gente tem o livre arbítrio. Oba! Mas ele ta custando quanto mesmo? Talvez o sonho inteirinho e todas as malas que ele trouxe agregadas. Então pra me realizar daqui um tempo eu tenho que esquecer de mim agora, esquecer as minhas necessidades e vontades. Entrar numa conchinha e torcer pra não incomodar ninguém. Não pode ser tão difícil, a gente só tem que controlar o que come, o que veste, o que escuta, o que fala, aonde vai, aonde deixa de ir, com quem vai, com quem não foi... putz... e eu achando que eu tinha que preocupar com trabalho... com tudo que eu tinha que aprender por ser recém formada, com tudo que eu tinha que tomar cuidado por ser outro país, com o tanto que eu tinha que me empenhar por não ser da civil... eu vim tão preocupada com as coisas mais complexas, que nem aconteceram, que eu travei em coisas óbvias. Pessoas. Convivência. Todas essas coisas que a gente acha que já faz no dia a dia. Eu não me preparei para o século XVIII. Eu perdi alguma parte dessa história... Não dá para reinventar o passado. Não dá pra adivinhar o futuro. É no presente que a vida acontece, ou devia ACONTECER, porque aqui para ser uma boa menina ela só deve passar... assim... um dia de cada vez... um após o outro... Até inteirar 3 meses... faltam 6 dias... Não é tempo de tomar decisões. Acredito em sonhos e não em contos de fadas, mas não custa nada repensar se isso tudo vale a pena...

" A árvore quando está sendo cortada, observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira."
Provérbio Árabe

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"Apóiem as bactérias – elas são o único tipo de cultura que algumas pessoas têm." (Stephen Wright)

Se a imagem tem alto valor, falar mal do outro é uma tentativa de aniquilar o outro perante a sociedade ou o meio que se vive. Esse comportamento é fruto da competição e da inveja. Agora está explicada a existência da fofoca no ambiente corporativo. E ainda mais explicado aqui, um ambiente em que as pessoas são totalmente diferentes, mas insistem em criar um padrão e qualquer coisa que saia do aceitável e considerado normal “corre na boca miúda” (como dizem aqui). Depois que tiraram toda cultura dessas pessoas: o futebol, shopping e os bares (só exemplos, ok? Salões de beleza também entrariam nessa, mas considero eles o núcleo da fofoca mesmo em grandes centros e me recuso a citar como cultura, mesmo de forma irônica, e adivinha... tem um projeto de instalar um aqui... as nossas unhas agradecem... mas os ouvidos não podem dizer o mesmo...) o que sobrou foi muito tempo para falar da vida dos outros. E como aqui as carinhas não são muito repetidas é normal você estar em uma roda e o João estar falando da Maria, a Maria chega os dois se cumprimentam, falam mal do José, o João sai a Maria fala mal dele, o José chega... e ai segue... todo mundo se achando o máximo... dias e noites a fio. Quando não tem nada de novo, o povo inventa... virou vício. Ninguém fala sobre os talentos individuais, ou sobre criações suas (Meu projeto de fazer um sarau, foi boicotado, zuado e não resistiu, o coitado morreu por falta de entusiasmo antes de surgir qualquer sinal de fumaça... fogo então...). É uma grande surpresa quando alguém está falando de um filme novo, uma música bacana, sobre um lugar novo para visitar aqui, novos projetos pessoais.  E o pior de tudo? É contagioso!!! Vira e mexe, se prestar um pouquinho mais de atenção, a gente se pega reclamando das coisas e falando mal das pessoas (mesmo que seja verdade é falar mal de todo jeito, nós já concordamos que ninguém tem nada com isso né?). E ou você está falando dos outros ou os outros estão falando de você (é claro que o simultâneo também rola). Mas eu decidi quebrar esse ciclo. Vou usar minha estadia no Brasil para descansar e refletir como essas coisas estão me afetando. Tudo o que fazemos é uma escolha, mesmo quando não decidimos nada. Aceitar uma situação pode não ser concordar com ela, mas é o que transparece. Então agora vai ser assim, nem compactuar com essas coisas eu não vou. Se eu tiver que me isolar um pouco mais e restringir ainda mais o círculo para ter um ambiente mais saudável aqui... que seja... Eu vou discutir até novela... mas vida real dos outros eu to fora... dói perceber que a gente não ta indo para um caminho legal, que a gente não ta fazendo as coisas que acredita, que a gente não ta agregando nada e ainda ta se tornando uma pessoa pior. Muitas vezes temos dúvidas, erramos... a gente é humano, não? Mas não se pode ter dois pesos, duas medidas, um para nós, outro para os outros... Quem quer respeito deve respeitar... Alguém preocupado com a sua reputação deveria escolher melhor as próprias roupas... Mas todo mundo acha que comprou o direito e ta com ele no bolso... eu quero evoluir para que nem isso me incomode mais. Quem sabe até conseguir ler mais, observar mais, falar só o necessário com quem precisa e bater papo mesmo só com quem for interessante? Vou tentar... (eu ia escrever pior do que ta não fica... mas essa é uma frase perigosa, tentar já é o bastante... rs).

sábado, 25 de setembro de 2010

Grandes sonhos... dores proporcionais...

"Apaixone-se definitivamente pelo seu sonho, o sonho de ninguém deve ser mais apaixonante que o seu. " Fênix Faustine

Em termos de trabalho a impressão que eu tinha que eu ia aprender muito mais aqui do que ai... eu não posso dizer que é verdadeira, ainda. O trabalho está bem lento para o meu ritmo, como a maioria das coisas e pessoas. É verdade que a rotina daqui acaba comigo e a carga horária de trabalho é bem puxada. Está certo que eu acho a convivência com algumas pessoas desgastante e que se eu estivesse em outro lugar, fora do trabalho, elas não fariam parte da minha vida, mas aqui não dá pra escolher. Quando eu criei toda expectativa de África na minha cabeça, eu me preparei para coisas ruins, só que mais palpáveis, coisas que eu podia imaginar, como as limitações da estrutura do canteiro e dos alojamentos, a falta de conhecimento dos funcionários, o choque de cultura... Devo confessar que tudo isso foi muito melhor do que eu imaginei, muito mais tranquilo... Acho que a grande frustração foi quanto às coisas que eu pensei que seriam boas. Por outro lado, isso está me fazendo rever muitas coisas no que diz respeito a me conhecer melhor, aos meus sentimentos, ao meu relacionamento com as pessoas, as escolhas que eu andei fazendo. Eu estou aprendendo na marra a força da palavra paciência, a ter que desacelerar meu ritmo pra não enlouquecer, a me permitir pensar mais em mim. Resolvi deixar essas questões chatas um pouco de lado. Afinal eu já batalhei muito para desistir de um sonho por causa de pessoas que não tem nada a ver comigo. Quando eu escolhi encarar isso aqui foi por questões muito maiores (independência financeira, peso no CV, oportunidade de praticar outra língua, conhecer gente de vários países diferentes, realização pessoal) agora falta pouco tempo para eu ir pro Brasil e poder voltar com novo fôlego e novas ilusões. Força para nós!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sorria! Você está sendo controlado!

Sorria (Gabriel Pensador)

Não coma de boca aberta, /Não fale de boca cheia; /Não beba de barriga vazia /Não fale da vida alheia, /Não julgue sem ter certeza e Não apoie os cotovelos sobre a mesa /Não pare no acostamento, /Não passe pela direita, /Não passe embaixo de escada que dá azar /Não cuspa no chão da rua, /Não cuspa pro alto, /Não deixe de dar descarga depois de usar /Não use o nome de Deus em vão /Não use o nome de Deus em vão,irmão /Não use o nome de Deus em vão /Não use remédios sem orientação

SORRIA! Você tá sendo filmado

SORRIA! Você tá sendo observado

SORRIA! Você tá sendo controlado

'Cê tá sendo filmado! 'cê tá sendo filmado!

Não coma de boca aberta, não fale de boca cheia, /Não toque nos produtos se não for comprar /Não pise na grama, não faça xixi na cama; /Não ame quem não te ama [não ame quem não te ama! /
Não chame os elevadores em caso de incêndio /Não entre no elevador sem antes verificar /Se o mesmo encontra-se neste andar /Não chupe balas oferecidas por estranhos /Não recuse um convite sem dizer obrigado /Não diga palavras chulas na frente dos seus avós /Não fale com o motorista; apenas o necessário /Não se deixe levar pelos instintos carnais /Não desobedeça seus pais /Não dê esmola aos mendigos, /Não dê comida aos animais /Não dê comida aos animais, /Não dê esmola aos mendigos /Não coma de boca aberta, /Não fale de boca cheia, /Não dê na primeira noite, /Não coma a mulher do amigo.

Não use o nome de Deus em vão /Não use o nome de Deus em vão, irmão /Não use o nome de Deus em vão /Não use remédios sem orientação
Não se deixe levar!

Coma de boca aberta, coma de boca fechada /Coma nos elevadores /Em caso de incêndio coma nas escadas /Coma no chão da rua, coma na grama, coma na cama /Ame quem não te ama, /Não recuse balas oferecidas por estranhos /Não dê esmola aos mendigos sem dizer obrigado /Não chupe os animais, /Não desobedeça aos seus instintos carnais /Não dê na primeira noite na frente dos seus avós /Não use o nome de Deus se não for comprar /Não coma a mulher do amigo sem antes verificar Se o mesmo encontra-se neste andar.

Pois é... pra quem não entendeu o motivo da música, por sinal muito bacana, é por que eu me sinto assim aqui... totalmente vigiada e controlada. Tem a ver com você estar morando em um outro país, ficando a maioria dos dia em um canteiro de obras,  tendo folga só dois domingos no mês, dormindo, acordando, comendo e encontrando com as mesmas pessoas todos os dias, ouvindo o mesmo papo... além é claro das regras que não existem oficialmente mas todo mundo faz questão de deixar implícito. Tipo casa de mulher não entra homem... a roupa que a gente pode usar... com quem a gente pode conversar... é assim... ser minoria em uma obra é osso... imagina na África... mas o mais triste é que quem mais discrimina, analisa e julga todos os seus passos (além de fofocar são as outras mulheres) acho que é por isso que eu aprendi a amar engenharia... com algumas exceções as mulheres são mais práticas e menos frescas (não menos feminas, não entendam mal). Aqui é uma espécie de BIG BROTHER sem o milhão no final... é um misto de solidão e saudade com total falta de privacidade. Alguém ai já passou coisa igual?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

“Na bundinha não vai nada não?"

Uma coisa é certa. Sua vida está acontecendo, esteja você participando ativamente disso ou não. Tenho pensado muito nos sentimentos, na forma com que nos expressamos e no tal do equilíbrio que é tão bonito da gente idealizar... pois é, o caso é que as emoções são as reações a acontecimentos que surgem subitamente e tem uma duração breve, são facilmente identificáveis. Os sentimentos distinguem das emoções por se prolongarem no tempo e tem caráter privado, não se sabe o que o outro sente... mas é claro que a gente adora dizer que imagina. Mas a verdade é que seja por causa das emoções ou dos sentimentos, emitimos sinais e uma gama vasta de expressões faciais. Teoricamente isso serviria para melhorar nossa comunicação, mas para mim essa é uma brincadeira complicada e perigosa. Primeiro porque se você é transparente como eu a pessoa vai saber até o que você está pensando simplesmente pela sua cara, e acredite na maioria das vezes as pessoas não querem a sua opinião, elas preferem que você faça uma cara de cortina e concorde com elas, assim... pura e simplesmente. Segundo, uma grande maioria de pessoas é individualista e se concentra nos próprios objetivos, mas vive na hipocrisia, sem querer expressar isso e talvez até acredite que pensa nos outros para não ser recriminada. Que feio! Terceiro, eu sou visceral e vivo inteiramente o momento, mas aprendi que tudo que eu faço e acredito tem um propósito a longo prazo, portanto eu não sinto nem um pingo de culpa por lutar pelas coisas que eu acho justas pra mim. Acredito que agindo assim estou abrindo portas para outras pessoas que ainda virão. Mas o ser humano é assim, ninguém gosta de briga e nem de bater de frente, ninguém apóia quem põe a cara pra bater, mas todo mundo acha um absurdo o outro desfrutar sozinho quando consegue... é assim... no final todo mundo quer uma beiradinha. Como diz um amigo meu: “Na bundinha não vai nada não?

domingo, 19 de setembro de 2010

Isto é África

Eu fechei os olhos, mas a cena não sumiu,
Era antes apenas mais viva.
Agora eu recontava as palavras
Analisava todas as respostas
Pra continuar com a conclusão que eu queria
Eu estava certa
Precisava disso, ter a certeza que não errei
Que eu me exaltei no tom de voz
Exagerei em verdades
E que nada disso me incomoda
Com tanto que eu não fosse injusta
Mas talvez tenha sido
E como mensurar isso?
Como julgar não ser injusta utilizando a minha medida para a ação dos outros?
Como não me injustiçar e tudo aquilo que eu acredito pesando as minhas emoções na balança dos outros?
Bom senso... há ta... isso é pra quando a medida do outro favorece nosso ponto de vista... ou pra quando a gente ta vendo de fora e acha que ninguém saiu ganhando... ou quando os dois ganharam... mas e quando os dois saem perdendo? É justiça também? Acho q ninguém que perdeu acha que foi justo. Mesmo sendo as duas partes. Eu ainda to aqui me avaliando...

domingo, 12 de setembro de 2010

Desabafo

Ontem aconteceu a primeira briga na nossa casa. Viver junto não é fácil. Ainda mais quando você acha a pessoa muito chata, intrometida e ela que levar vantagem em tudo. É claro que a gente também tem defeito, todo mundo tá no mesmo barco... longe de casa, dos amigos, da família, stressado com o ritmo daqui... então como previsto desde que mandaram a gente mudar de casa... a gente explodiu, e sobrou pra todo lado. Eu espero q melhore as coisas aqui, pq ta complicado. Não ter sossego em casa... ficar em abstinência sexual. É isso... Teve uma festa ontem e eu fui dormir bem tarde, eu to sem sono agora, mas mais tarde vou acabar cochilando.

domingo, 29 de agosto de 2010

FDS em Bata

Passamos o fds em Bata... fomos em 3 boates... passei o dia de domingo na beira da pscina... amanhã é dia de comprar os utensilhos da casa que está pelada... rs. Lista na mão e lá vamos nós...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


To de TPM melhorada, me entupi de chocolate, mas o peito tá apertado. Tem mais de um mês que não consigo falar com meu pai. E hoje acordei com saudade da minha cachorrinha que morreu, a Cristall. Lembrei dos momentos bacanas que a gente teve junto. Ainda vou ter outro cachorro. Mas sempre vou sentir falta dela.
A empresa está oferencendo um curso bem bacana e eu descobri que sou ENTJ. Extroversão. iNtuinção. Pensamento (think). Julgamento. Esse é um dos tipos de personalidades definidos pelo Carl Jung. Isso quer dizer que eu sou uma líder nata! Que beleza... ta ai a raíz dos meus problemas... rs leia a descrição completa no site http://pt.wikipedia.org/wiki/ENTJ e me diz se não é difícil viver num mundo tendo essa personalidade.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Daquele jeito

Ta um caso sério aqui... a net tava parada e sem telefone... agora voltou... mas ta daquele jeito...

domingo, 25 de julho de 2010

Sem energia

A energia acabou ontem mais cedo, depois caiu de novo a noite, ai quando voltou a energia a internet não voltou, só foi voltar agora de manhã. Pois é... o bicho ta pegando aqui, o domingo já começou foda... ontem o cara que tava mexendo na energia para arrumar ainda brigou com outro cara, então não sei se tem haver com a falta dela mas enfim... acho que os ânimos não estão muito bons... as pessoas aqui ficam com muita coisa reprimida, são muitos dias trabalhando direto. Acho q todo mundo virou uma bomba pronta pra explodir... rs. Esse pessoal doente com trabalho me dá medo... credo. Tenho tido sonhos ruins, acho q to muito impressionada... As pessoas não deveriam sofrer assim... tendo que guardar sentimentos.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Preocupações...

To preocupada com minha colação. Eu sei que eu já colei, você sabe, teve foto, canudo e tudo mais... mas teve um grande atraso da faculdade na liberação da ata. Portanto, não consegui assiná-la antes da viagem. Daqui eu não consigo resolver nada. Eu tive um dia ruim, já não era suficiente? Tudo começou porque vão trocar a gente de casa. Vão colocar 4 em 3 quartos. O que quer dizer que duas vão ter q dividir o quarto. Isso me deixou muito chateada. Primeiro porque nenhum engenheiro homem divide quarto. Ai eu fico pensando pra que eu to me esforçando tanto? Na condição de mulher eu sempre vou ser tratada diferente dos caras que estão aqui e isso me mata. Eu sempre passei por isso, trabalho desde os 16, já batalhei tanto na vida, mas sinceramente eu me iludi, achei que ia ser diferente agora. Eu sabia que talvez tivesse que dividir quarto, mas na minha ingenuidade achei que também valia para os outros engenheiros. Você vai falar q isso é pouca coisa pra ficar sofrendo e coisa e tal. Só que eu sou assim. Vou continuar sofrendo até perceber que não da pra fazer nada pra mudar isso. Mas é claro que eu vou me machucar muito tentando antes de desistir. Além disso eu to com tensão pré-menstrual, na África e hoje eu vou me dar o direito de chorar. As coisas na cabeça da gente não são fáceis aqui. É muita coisa pra processar, então pode ser que só esteja cansada...

domingo, 18 de julho de 2010

Baixadas, bora programar...

Passei muito mal, porque tomei uma neosaldina de manha (lembra da dor de cabeça por causa do vinho?) e a praga abaixou muito a minha pressão. To bambinha e lerda... Fiz uma planilha de previsão de baixadas pra que eu tenha uma noção de programação e meu namorado possa pedir férias na data certa. O problema é que a data pode mudar por causa da programação das passagens (e é a empresa que cuida disso).

sábado, 17 de julho de 2010

Primeira soite de sono

Primeira noite que dormi bem, bom na verdade eu desmaiei.... rs eu e minha companheira de casa tomamos 2 garrafas de vinho... me deu um pouco de dor de cabeça hoje mas compensou a dormida. Decidi que na próxima baixada vou voltar de aliança, estarei "novia"... rs. Um colega disse q é uma boa idéia, que assim se tem mais respeito aqui. Fora isso, os problemas daqui são os mesmos do Brasil, com alguns agravantes: problemas como as diferenças de idiomas (tem espanhol, francês, paraguaio, colombiano, boliviano), a distancia, e é claroooo o fuso horário... maldito!!! Sem falar na diferença de cultura. Mas ta tudo bem, a comida é muito boa e o pessoal é legal, tem muito engenheiro folgado, mas ai também tem né?... rs

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Jet Lag

As coisas ainda não se ajeitaram... ainda to tendo problemas com o fuso... fiquei com sono o dia inteiro... então fiz 40 min de esteira e 30 min de bicicleta... pra ficar cansada e dormir direito... porque ta osso... já estou cheia de olheiras.

sábado, 10 de julho de 2010

Oyala

Cheguei em Malabo ontem a noite, peguei o vôo das 7 da manhã (sai 5:30, então nem deu pra ver nada direito) e cheguei na obra na hora do almoço... conheci as pessoas com quem vou trabalhar, revi alguns amigos, fui na segurança pegar EPI, passei no médico, desfiz minhas malas e fui buscar cerveja... enfim burocracias... kkk . Tirando a saudade q hoje bateu loca... ta sendo bom... só queria poder ter a certeza que vai dar tudo certo... Eu e minha mania de querer tudo sob controle... Eu perdi o sono (normal pra quem ta se adaptando ao novo horário) e fiquei assistindo true blood, uma série que eu baixei, aqui já são quase meia noite e eu não resisti, tive que tentar entrar na net de novo (mais cedo foi impossível), acho que depois do trabalho todo mundo tenta entrar principalmente quem ficou longe do computador o dia todo. Além da diferença de horário atrapalha falar em casa. Com relação a nova cultura, estou tentando não julgar o comportamento, nem entende-los, apenas vivenciá-los. O clima é quente, tipo um mormaço, mas é nublado... ainda não vi chover... Quanto ao sentimento... são muitas coisas misturadas, adrenalina, êxtase, saudade, tristeza, felicidade, vontade de ficar mais calada, na minha... e ao mesmo tempo fazer amigos para não sentir solidão, mas são impressões minhas... cada um sente diferente... Tive alguns acidentes de percurso... um relógio meu chegou quebrado... aquele vidro de creme abriu e eu queimei minhas caixas de som que eu jurava que eram bivolt... rs.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Malabo

Cheguei em Malabo ontem a noite, a temperatura tava bem quente. Um creme quebrou durante a viagem e algumas coisas ficaram simplesmente meladas... deu vontade de rir... tomei um banho numa banheira esquisita e desmaiei de sono. Peguei o vôo das 7 da manhã (sai 5:30, então nem deu pra ver nada direito) e cheguei na obra na hora do almoço... conheci as pessoas com quem vou trabalhar, revi alguns amigos, fui na segurança pegar EPI, passei no médico, desfiz minhas malas e fui buscar cerveja... enfim buracracias... kkk . Tirando a saudade q hoje bateu loca... ta sendo bom... só queria poder ter a certeza que vai dar tudo certo... Eu e minha mania de querer tudo sob controle...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

08/07 Aeroporto de Madrid

O voo foi cansativo, pq são 11 horas voando, mas ta tudo em ordem... ai no brasil são umas 8h da manhã, mas aqui é quase 1h da tarde... são cinco horas de fuso em Madrid e quatro em Malabo. O aeroporto de Madrid é lindo! Tem toda aquela fila, bem maior até que no Brasil, gente de todo o tipo, tem que tirar o sapato, tirar o note da mochila, passar no detector, guardar tudo de novo rápido, mas eu to tão feliz que nem me importo. Eu to cansada e vou ter que passar o dia no aeroporto, mas ao invés de ir pra sala VIP a idiota fica rodando as lojas. Eu podia sair e ver a cidade, mas o medo de me perder (já que a minha orientação espacial é bem fraca) é bem maior que a minha curiosidade. Paciência! Eu não sai do Brasil pra ficar de braços cruzados em Madrid, né? Deixa eu olhar as lojas... o que é que tem? rs. Tentei conversar com um cara do free shoping em espanhol (mandei muito mal... rs) e conversei com um cara da Turquia (Istambul) em inglês, acho que me saí um pouco melhor, mas essa é minha primeira viagem internacional.Uma colher de chá... vai? Só encontrei com meus colegas de trabalho na hora do embarque. Lá vamos nós...

07/07 Avião

As aeromoças brasileiras são bem mais bonitas... e simpáticas. Eu não consigo assistir nada porque a TV ta longe e no som da cadeira não tem canal em português. O jeito vai ser dormir. Dorme, acorda, vai no banheiro, dorme, acorda com o avião sacudindo, dorme de novo (acho que namorar com um piloto só serviu pra isso, ter mais confiança em andar de avião) e acorda de novo. Beleza o sol ta saindo, então a gente já deve estar chegando. Do meu lado tem uma gaúcha que ta indo passear com a filha, mas a verdade é que ela aparenta ser mais nova que a filha dela. É uma mulher bem alegre e de nada adiantou os conselhos do meu namorado, porque é claro que eu vou conversar com ela e se ela der espaço vou falar que eu vou pra África e que sou a mulher mais feliz do mundo por ter essa oportunidade. A aeromoça serve o café da manhã e a idiota toma e quase vomita tudo porque a merda do avião não tem autorização pra pousar e fica voando em círculos. Ufa! Graças a Deus o avião pousou. Mais dois minutos e eu nem sei...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

07/07 SP

Ai, cadê minha mala? Falaram para eu não despachar direto para Malabo e pegar em São Paulo. Mas será que era isso mesmo? Socorro! Desce escada, sob escada, confere o número do vôo... é esse mesmo... olha ela ai... Agora é achar o balcão da companhia e despachar de novo, agora só vejo a mala em Malabo mesmo. Pego a mochila e apoio na bagagem de mão e lá vou eu carregando minha nova vida pelo aeroporto. Com vontade de contar pra todo mundo que agora eu sou engenheira e to indo morar na África a trabalho. Vou repassando na minha cabeça que ainda tenho que achar a receita federal e tento calcular o tempo que vai demorar. Pra minha surpresa não tem fila. OBA!!! Tiro tudo da micro mochila e da um medo de não caber tudo de novo... a moça olha, vira, olha de novo e nada... eu não preciso registrar nada. Fico aliviada e com raiva ao mesmo tempo. É como se as minhas coisas fossem tão simples que não precisassem ser declaradas... aiai. Pra variar antes do portão de embarque tem um detector de metais, depois tem uma fila enorme pra conferir passaporte e passagem e ai acabou. Acabou? Nada. É só o início da viagem. Dos males o menor, agora eu tenho uma hora pra ficar plantada na cadeira bonitinha esperando o avião.

07/07 BH

Eu e o Du almoçamos juntos, bom nós almoçamos do nosso jeito... rs. Comida japonesa que eu adoro e uma tábua de carne com batata que ele ama. Não podia faltar o chopp. Eu to com um pouco de medo de ficar sem comer as coisas que eu gosto por tanto tempo. Acabei exagerando. Meu telefone não para de tocar e eu to feliz por me sentir tão querida. Eu to com medo da moça da companhia falar que minha mala ta muito pesada, mas eu nem chego perto do limite... dava pra levar até uma maior... rs. Eu e Du no aeroporto.. a gente tem aquelas despedidas longas e eu pensando: nossa que data para viajar rumo a outro lugar do mundo! Mudar cidade, de país, de profissão. Tanta expectativa por tanta coisa nova estar acontecendo. Pronto. Agora já foi, passei pelo portão, pelo detector de metais e vou aguardar pela liberação da porta de embarque. Tento lembrar de todas as recomendações que meu namorado fez por causa do jeito sociável. Não conversar com estranhos. Não segurar a mala de ninguém. Não levar nada para ninguém, mesmo que seja uma velhinha com cara de boazinha. Já fui no banheiro, mas a minha barriga ta esquisita, parece crise de gastrite com dor de barriga nervosa... eu não devia ter comido tanto. Ainda bem que até São Paulo a viagem é rápida.